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LIÇÃO 08 - A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU

LIÇÃO 08 - A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU

TEXTO ÁUREO: “Então, os servos do rei, que estavam à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas o mandado do rei?” (Ester 3.3)

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ester 2.21-23; 3.1-6

 

Introdução: A história de Mardoqueu, que é o personagem focado aqui nesta passagem, é um poderoso testemunho de fé, integridade e resistência diante da adversidade. Sua recusa em se prostrar diante de Hamã, um poderoso oficial como o primeiro ministro do rei revela um homem de princípios inabaláveis, disposto a arriscar a sua vida em defesa das suas convicções. Sendo um judeu devoto, a prostração diante de Hamã era vista como um ato de adoração a um ídolo, algo que ia contra o mandamento de Deus contrariando a sua fé. Mardoqueu era um homem de princípios inabaláveis com um senso profundo de justiça e integridade e, não iria comprometer os seus princípios por medo ou covardia, algo que ele não tinha. Mardoqueu sustentando os seus princípios ousou desafiar a autoridade recusando a obedecer a ordem do rei, com uma  demonstração de muita coragem e determinação. Sequencialmente motivado pela sua recusa, Mardoqueu, provocou o ódio transloucado em Hamã, que passou não somente odiar a ele, como também a todos os judeus. Hamã traçou um plano para exterminar todos os judeus do império persa, colocando em risco de vida todo o povo, como também o próprio Mardoqueu. Nesse enredo a história passa a tomar um rumo dramático quando Ester, prima de Mardoqueu e rainha da Pérsia, entra em ação para salvar o seu povo.

 

1. MARDOQUEU DESCOBRE UM PLANO ENGEDRADO PARA MATAR O REI ASSUERO

Ester 2.21 – Naqueles dias, assentando-se Mardoqueu à porta do rei, dois eunucos do rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, grandemente se indignaram e procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero. Ester 2.22 – E veio isso ao conhecimento de Mardoqueu, e ele o fez saber à rainha Ester, e Ester o disse ao rei, em nome de Mardoqueu. Ester 2.23 – E inquiriu-se o negócio, e se descobriu; e ambos foram enforcados numa forca. Isso foi escrito no livro das crônicas perante o rei.

Um plano estava sendo engendrado para assassinarem o rei Assueiro e, por homens que eram guardas das portas, o que facilitaria ter acesso ao rei e praticarem o assassinato. Sendo membros da guarda pessoal do rei tinham acesso aos aposentos reais e certamente o rei seria morto, não fora a intervenção de Mardoqueu. Não se sabe o porquê motivou esses homens a executarem tal feito, que poderia ser uma morte encomendada, ou por algum ódio que poderiam ter contra o rei. Mardoqueu acabou sendo um salvador quando soube por alguém que dois homens estavam combinando o plano assassino. Sem perda de tempo, Mardoqueu prontamente, como não tinha acesso ao rei, vai ao encontro de Ester para passar o plano daqueles homens para o conhecimento do rei. É possível que Mordecai tinha algum informante, como não há uma informação precisa de como Mardoqueu descobriu o plano assassino, o que devemos compreender é que a providência divina estava agindo no desvendamento desse caso. O caso foi investigado após o rei tomar conhecimento e o resultado após confirmado foi a execução por enforcamento, que era um dos meios usados pelos persas. Conjecturando a questão dos dois pretensos assassinos para eliminar o rei podemos ter o entendimento sobre o mandante dessa ação macabra e traiçoeira. Nesse caso poderia ser Hamã, o qual pela sua sede de poder e sem qualquer escrúpulo seria o mais interessado em tirar o rei do caminho e sendo ele o primeiro ministro do rei, assumiria o trono. Essa é uma hipótese que estou conjecturando, mas que tem um forte sentido. Não podemos ficar só na história, mas sim analisar os bastidores do que nos mostra a história.  Vemos aqui nessa trama, a necessidade de vigilância e, a importância de estarmos atentos aos perigos que nos cercam e agir rapidamente para proteger a nós mesmos e aos outros. Outro ingrediente importante é a confiança na providência divina, confiando que Deus está no controle e que Ele pode usar nossas vidas para cumprir seus propósitos.      

2. MARDOQUEU SALVA A VIDA DO REI QUE REGISTROU SEU FEITO, MAS EXALTOU A HAMÃ

Ester 3.1 – Depois dessas coisas, o rei Assuero engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou; e pôs o seu lugar acima de todos os príncipes que estavam com ele. Ester 3.2 – E todos os servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava. Ester 3.3 – Então, os servos do rei, que estavam à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas o mandado do rei?

O ascenso de Hamã e a resistência de Mardoqueu marcam um ponto de virada na narrativa, que parte para o conflito central da história. A partir da ascensão de Hamã ao poder e a resistência de Mardoqueu em se curvar diante dele acaba criando uma tensão que se eleva a momentos dramáticos que se seguirão.  Hamã por anuência do rei havia se tornado alguém acima dos outros príncipes do império persa, com direito a horarias por onde passasse e, todos tinham que se curvar diante dele e reverenciá-lo. Porém Mordecai foi o único que não lhe prestou essa honraria ficando profundamente ofendido pela recusa, o que o levou a nutrir um grande ódio pelos judeus, ao ponto de começar idealizar um plano para o extermínio de todos eles. Essa recusa de Mardoqueu em se prostrar diante de Hamã demonstra sua profunda fé em Deus e sua determinação em obedecer aos mandamentos divinos, mesmo diante de dificuldades. Tiramos exemplos da importância da fé do personagem Mardoqueu que envolve a fidelidade aos nossos princípios, mesmo quando temos que enfrentar oposições. A obediência a Deus pode ter um custo muito alto, mas a recompensa é eterna.

 

3. MARDOQUEU FOI FIRME  NA SUA POSTURA CONTRA TODA INTRIGA E ÓDIO DE HAMÃ.

Ester 3.4 – Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isso, de dia em dia, e não lhes dando ele ouvidos, o fizeram saber a Hamã, para verem se as palavras de Mardoqueu se sustentariam, porque ele lhes tinha declarado que era judeu. Ester 3.5 – Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor. Ester 3.6 – Porém, em seus olhos, teve em pouco o pôr as mãos só sobre Mardoqueu (porque lhe haviam declarado o povo de Mardoqueu); Hamã, pois, procurou destruir todos os judeus que havia em todo o reino de Assuero, ao povo de Mardoqueu.

Aqui se inicia a escalada de ódio e animosidade de Hamã contra Mardoqueu e, por extensão a todo povo judeu. A recusa de Mardoqueu em se prostrar diante de Hamã, um ato simples carregado de significado religioso, pois ia contra um mandamento divino, acaba desencadeando uma reação sem precedentes colocando em rico a vida de milhões de judeus. A ira de Hamã se acentua quando os servos do rei revelam a ele a identidade judaica de Mardoqueu, que sendo um judeu, não o honrava com a prostração. Hamã foi tomado por um instinto de crueldade diabólico em querer destruir um povo para satisfazer um rancor pessoal. Mas, quem tem Deus na sua vida, os mais violentos ataques são inúteis contra nós, pois o Senhor não deixará que qualquer armação do inimigo não irá além de um certo ponto, pois através da nossa fé nos abrigamos nele e seremos vitoriosos.  Com o Senhor nós temos segurança e, qualquer ameaça do terror e do medo será removida, nos proporcionando um sentimento de segurança e tranquilidade.

 

Pastor Adilson Guilhermel