LIÇÃO O3 - A
ENCARNAÇÃO DO VERBO
Texto Áureo: “E
o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória
do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14)
Leitura Bíblica
em Classe: 1 João 1.1-3; 4-1-3; 2 João 7
Introdução: Jesus Cristo encarnou para através do seu sacrifício na
cruz vencer o pecado e o Diabo. Destaco aqui
duas finalidades principais para a encarnação Verbo de Deus (Jesus): a obra
redentora e a vitória sobre o diabo. Vamos aprofundar cada um desses pontos,
complementando essa análise com algumas considerações adicionais: A obra redentora de Jesus culmina no
sacrifício da cruz. Através de sua morte e ressurreição, Jesus resgata a
humanidade do pecado e da morte, reconciliando-nos com Deus. A morte de Cristo
na cruz estabelece uma nova aliança entre Deus e a humanidade, superando a
antiga aliança que havia sido quebrada pelo pecado. A obra redentora de Jesus
revela a imensa graça e misericórdia de Deus, que se inclina sobre a humanidade
pecadora e a oferece a salvação. A queda de Adão no Éden permitiu que o diabo
se tornasse o "príncipe deste mundo”. A serpente, que tentou Eva,
simboliza o diabo, que buscava a ruína da humanidade. A promessa de Deus em
Gênesis 3:15, sobre a semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente,
apontava para a vinda de Cristo. A encarnação de Jesus, o "segundo
Adão”, restaura a ordem original criada por Deus. Jesus, sem pecado,
desfaz a obra do diabo e reconquista o domínio sobre a criação. A vitória de
Jesus sobre o diabo é consumada na cruz. Ao vencer a morte e o pecado, Jesus
desarma os poderes das trevas e liberta a humanidade do seu domínio. Não
bastava somente o sacrifício de Cristo na Cruz, sem complementar a obra
salvífica, retomando o governo do diabo.
1. A COMUNHÃO
COM DEUS É ESSENCIAL A TODO CRISTÃO.
1 João 1.1 - O
que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos
contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida 1 João 1.2 - (porque a
vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a
vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada), 1 João 1.3 - O que
vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco;
e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.
Ao
escrever sua carta, o apóstolo nos convida a uma profunda intimidade com Jesus
Cristo, a mesma que ele experimentou. Ao reviver suas experiências, João nos
oferece um convite irresistível: participar da mesma comunhão com o Pai e o
Filho. O apóstolo João, um dos discípulos mais próximos de Jesus, o único que
reclinava a sua cabeça no peito do Senhor e teve a oportunidade de vivenciar
momentos únicos e transformadores ao lado do Mestre. Sua experiência pessoal
com Cristo o qualifica como uma testemunha ocular e um intérprete autorizado da
mensagem de Jesus. Ao compartilhar suas experiências, João não o faz visando se vangloriar, mas sim para convidar seus leitores a uma profunda
comunhão com Deus. Ele quer que todos experimentem a mesma alegria, paz
e amor que ele sentiu ao estar na presença de Jesus. A comunhão com o Pai e o
Filho é um presente divino, fruto da obra redentora de Cristo. Através da fé em
Jesus, podemos ter acesso direto a Deus e experimentar sua presença em nossas
vidas. A busca por Deus não é uma busca em vão. Deus anseia por um
relacionamento profundo e pessoal com cada um de nós. Por meio de Jesus, temos
acesso ao Pai. Ele é o mediador entre Deus e os homens. É o Espírito Santo quem
nos habilita a experimentar a comunhão com Deus e a viver uma vida
transformada. Deus é santo e exige de nós uma santidade crescente. A medida que
nos aproximamos dEle, somos transformados à sua imagem e semelhança. A comunhão
com Deus é uma experiência íntima e pessoal, que requer um coração puro e
sincero. O pecado cria uma barreira entre nós e Deus, impedindo-nos de
experimentar a plenitude de Sua presença. Quando falhamos, a confissão sincera
é essencial para restaurar a nossa comunhão com Deus. A graça de Deus nos perdoa
e nos purifica. A busca pela santidade é um processo contínuo. Devemos
diariamente nos esforçar para superar as tentações e viver uma vida que agrade
a Deus.
2. UM ANTÍDOTO CONTRA AS HERESIAS É DISCERNIR O QUE É VERDADE OU MENTIRA.
1 João 4.1 -
Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus,
porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. 1 João 4.2 - Nisto
conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne é de Deus; 1 João 4.3 - e todo espírito que não confessa que
Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo,
do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo.
A
Epístola de João foi escrita em um período em que a Igreja primitiva enfrentava
diversas heresias e falsos ensinamentos. O apóstolo João, com sua experiência
pessoal com Jesus, sentiu a necessidade de equipar os cristãos com ferramentas
para discernir a verdade e resistir a falsas doutrinas. O apóstolo alerta os
cristãos sobre a presença de falsos profetas que espalham doutrinas errôneas e
tentam desviar os fiéis do verdadeiro evangelho. Os cristãos precisam
desenvolver um espírito crítico para distinguir entre a verdade e o erro. João
oferece um critério simples e eficaz para identificar se um ensinamento é de
Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus. A
encarnação de Jesus Cristo é um dos dogmas fundamentais do cristianismo. Negar
a humanidade de Cristo é negar a própria essência do cristianismo. O apóstolo
João estava escrevendo em um período de grande fermento doutrinário, onde
diversas heresias e falsos ensinamentos se proliferavam na Igreja primitiva. A
expressão "fermento da mente dos homens” é uma metáfora poderosa para
descrever as ideias errôneas e as filosofias humanas que se infiltravam na
Igreja. Esse fermento contaminava a pureza da fé e levavam muitos a se
desviarem da verdade. As heresias eram como doenças espirituais que infectavam
a comunidade cristã. Elas desafiavam os fundamentos da fé, como a divindade de
Jesus Cristo e a natureza da salvação. Os novos convertidos eram especialmente
vulneráveis a essas heresias, pois ainda estavam consolidando sua fé e poderiam
ser facilmente enganados por falsas doutrinas. Diante desse cenário, o apóstolo
João sentiu a necessidade de fornecer aos cristãos ferramentas para discernir
entre a verdade e o erro, a fim de proteger a pureza da fé. O teste dos espíritos é um mecanismo de
proteção contra os falsos profetas e as doutrinas errôneas. Ao testar os
espíritos, os cristãos reafirmam sua fé nos ensinamentos apostólicos e na
autoridade das Escrituras. O
discernimento espiritual é fundamental para o crescimento na fé e para uma vida
cristã autêntica. O apóstolo, com sua
experiência pessoal com Jesus, sabia que a pureza da fé era essencial para a
salvação e, por isso, equipou os cristãos com um critério simples e eficaz para
identificar a verdade.
3. NÃO SE
DEIXE ENGANAR APRENDA A DISCERNIR OS FALSOS PROFETAS.
2 João.7 -
Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que
Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
A
necessidade de os cristãos serem vigilantes em relação à líderes religiosos que
desviam dos ensinos de Cristo. A história da Igreja demonstra que sempre houve
aqueles que se aproveitam da fé alheia para propagar doutrinas falsas e
enganosas. Os falsos profetas podem levar os crentes a se afastarem da verdade
e a adotar crenças errôneas que comprometem sua salvação. As heresias dividem a
igreja e causam desentendimentos entre os cristãos. A propagação de falsas
doutrinas mancha o nome de Deus e prejudica o testemunho da Igreja. Falsos profetas distorcem frequentemente as Escrituras ou enfatizam apenas alguns versículos para defender suas próprias ideias.
Eles podem dar mais importância a experiências pessoais ou revelações privadas
do que à Palavra de Deus. Falsos profetas tendem a cultivar um culto à
personalidade, incentivando seus seguidores a depositar sua fé neles em vez de
em Cristo. Muitos falsos profetas exploram financeiramente seus seguidores,
prometendo bênçãos materiais em troca de doações. A Bíblia é a nossa principal fonte
de verdade. Ao estudarmos a Palavra de Deus regularmente, estaremos mais bem
equipados para identificar as falsas doutrinas. A comunidade cristã é um
importante meio de apoio e crescimento espiritual. Ao compartilharmos nossa fé
com outros irmãos, podemos nos fortalecer mutuamente. A oração nos conecta com
Deus e nos permite buscar Sua orientação para discernir a verdade. O
discernimento espiritual é um dom que pode ser desenvolvido através da prática.
Ao buscarmos a orientação do Espírito Santo, poderemos distinguir
entre a verdade e o erro. A necessidade de discernir os falsos profetas é uma
preocupação constante para os cristãos. Ao estarmos atentos aos sinais e
buscando a orientação do Espírito Santo, podemos nos proteger das heresias e
manter a pureza de nossa fé. Examine qualquer líder espiritual à luz da palavra
de Deus. Rejeite a todos os que não consideram a Cristo como sendo
completamente Deus e completamente homem. Esteja alerta quanto àquilo que está
sendo ensinado na sua igreja. Os “Bereanos” (aqueles que são nobres como os
cristãos de Beréia citados por Lucas em Atos 17.11) são os que: – Recebem a
Palavra com toda avidez, – Examinam as Escrituras todos os dias para ver se as
coisas são, de fato, assim.
Pastor Adilson
Guilhermel
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