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LIÇÃO 09 - A CONSPIRAÇÃO DE HAMÃ CONTRA OS JUDEUS

LIÇÃO 09 - A CONSPIRAÇÃO DE HAMÃ CONTRA OS JUDEUS

Texto Áureo: “E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” (Mt 10.22)

Leitura Bíblica em Classe: Ester 3.7-11; 4.1-4

 

Introdução: O ódio contra aqueles que servem a Deus, sempre existiu e, continua existindo, mas aquele que perseverar até o fim será salvo. O caminho dos servos do Senhor nunca será fácil. Deus um lado a perseguição dos dominadores e poderosos deste mundo e, do outro pelos seus próprios familiares, mas todas essas experiências são permitidas, não para o nosso mal, mas sim, para o nosso bem. Essas experiências é uma maneira de assegurar entrada para sua mensagem nos lugares mais difíceis. Nessas situações difíceis o Senhor nos dá assistência, como também nos fortalece para continuarmos em nossa missão de pregar o evangelho, a tempo e, fora de tempo. Toda ferramenta preparada contra nós, Ele nos dá livramento, nos guardando, até que a nossa carreira se encerre, com a nossa fé em ação. Aquele que milita deve militar legitimamente sem embaraços, vivendo na dependência absoluta de Deus, a quem consagramos a nossa vida. Quando somos perseguidos por causa do Senhor, Ele se inclina e nos socorre com terna compaixão e presteza. A luz e o amor eternos nos garantem sabedoria no falar e inexaurível paciência de amor contra as quais não há argumento. Ser cristão não é fácil. A fé exige renúncia, compromisso e disposição para enfrentar as adversidades. E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo" é um chamado à perseverança na fé, mesmo diante das dificuldades. Ela nos lembra que seguir a Jesus exige um compromisso radical e que a recompensa final é a vida eterna.

 

1. QUEM ERA HAMÃ

Ester 3.7 – No primeiro mês (que é o mês de nisã), no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é, a sorte, perante Hamã, de dia em dia e de mês em mês, até ao duodécimo mês, que é o mês de adar.

Hamã era um agadita, descendente de Amaleque, um antigo inimigo do povo de Israel. Ele ascendeu ao poder no império Persa, tornando-se o primeiro ministro do rei Assuero. Sua posição de destaque o cegou pela ambição e pelo desejo de vingança contra Mardoqueu, um judeu que se recusou a prestar-lhe reverência. O ato de “lançar o Pur” era um sorteio, que era uma consulta feita pelos pagãos, para determinar um dia propício para alguma ação. Hamã utilizou esse método para escolher o dia exato para a exterminação de todos os judeus. Foi um plano diabólico que Hamã escolheu como o mês da aniquilação.  

2. A TRAMA DE HAMÃ

Ester 3.8 – E Hamã disse ao rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as províncias do teu reino um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre as leis do rei; pelo que não convém ao rei deixá-lo ficar.

Hamã apresenta ao rei uma falsa acusação contra os judeus, movido pelo ódio nutrido contra Mardoqueu alegando que suas leis eram diferentes e que eles não obedeciam às leis do reino. Essa calúnia deu base a sua justificativa para a perseguição odiosa contra os judeus visando o extermínio de todos.

3. A PROPOSTA DE HAMÃ

Ester 3.9 – Se bem parecer ao rei, escreva-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei.

Hamã faz uma proposta financeira ao rei, a fim de obter a sua permissão para exterminar os judeus, o qual de pronto a aceitou sem questionar. O enriquecimento do tesouro real, Hamã buscava agradar o rei e garantir a aprovação do seu plano macabro. Hamã também oferece aos executores do decreto que aprovava a matança, uma grande recompensa no sentido de que eles fizessem um trabalho completo.

4. A AUTORIDADE DE HAMÃ

Ester 3.10 – Então, tirou o rei o anel da sua mão e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus.

O rei tendo se agradado da oferta financeira de Hamã e cego pela confiança em Hamã entrega seu anel ao primeiro ministro, que era símbolo de sua autoridade real. Esse gesto do rei era tudo que Hamã queria, pois sem saber, o rei assinou a sentença de morte de grande multidão de inocentes judeus. A figura de Hamã representa o mal que nos cerca, que envolve em muitos casos a inveja e ódio e muito mais.

5. A ARDILOSIDADE DE HAMÃ

Ester 3.11 – E disse o rei a Hamã: Essa prata te é dada, como também esse povo, para fazeres dele o que bem parecer aos teus olhos.

Dessa forma Hamã poderia executar o seu plano sem qualquer impedimento, podendo agir contra o povo judeu conforme a sua vontade maligna. Não podemos ignorar os ardis de satanás e não esquecer que ele tem um grande poder de persuasão, o qual engana até os escolhidos. Os ataques do inimigo contra o povo de Deus são inúteis, pois o Senhor não deixará que ele vá além para nos atingir.

6. A REAÇÃO DE MARDOQUEU

Ester 4.1 – Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou Mardoqueu as suas vestes, e vestiu-se de um pano de saco com cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo clamor; Ester 4.2 – e chegou até diante da porta do rei; porque ninguém vestido de pano de saco podia entrar pelas portas do rei.

Deus revela o oculto e o escondido e tudo está patente aos seus olhos. Mardoqueu, ao tomar conhecimento do decreto que condenava os judeus à morte, reage com um grande clamor voltado para o único Deus que poderia salvá-los. Rasgar as vestes em sinal de lamentação demonstrando a intensidade da sua dor e pesar diante da ameaça que pairava sobre o seu povo. O saco era uma vestimenta áspera e humilhante e ao se vestir de saco, Mardoqueu se colocava em uma posição de humildade diante de Deus, reconhecendo a gravidade da situação. Cinzas simbolizam a morte, a ruína e desolação. Ao cobrir-se de cinza, Mardoqueu expressava sua profunda tristeza e a sensação de que as coisas tinham perdido o sentido, contudo não perdeu a fé. A fé exercitada nos chama a ação, pois tem o que cabe a nós fazer e o que cabe a Deus fazer. 

7. A UNIÃO DO POVO A MARDOQUEU

Ester 4.3 – E em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegavam havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em pano de saco e em cinza. Ester 4.4 – Então, vieram as moças de Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, com o que a rainha muito se doeu; e mandou vestes para vestir a Mardoqueu e tirar-lhe o seu cilício; porém ele não as aceitou.

O decreto real conseguido por Hamã havia sido promulgado e estava autorizado a ser executado, o que espalhou luto por todas as províncias onde a ordem do rei era conhecida. O jejum, choro e lamentação eram práticas comuns em templos de aflição, demonstrando uma profunda tristeza e angústia em todos os judeus. A rainha foi movida por intensa angústia e, apesar da sua posição privilegiada como rainha, compartilhava a dor do seu povo. Nessa condição ela procurou primeiramente consolar Mardoqueu, o qual sofria profundamente, por ter sido ele que provocou toda essa situação. Com um gesto de consolo ela enviou roupas para Mardoqueu num gesto de conforto e encorajamento, sinalizando estar ao seu lado. Mardoqueu recusou a oferta da rainha quantos as roupas demonstrando profunda tristeza pela gravidade da situação. Ele não estava preocupado com sua aparência pessoal, mas sim com as coisas terríveis que estavam na eminência de acontecer. A figura de Ester como rainha a coloca numa posição única de procurar interceder de alguma forma em favor do seu povo. Os cristãos em todos os tempos também podem ser identificar com o sofrimento do povo judeus, pois também enfrentam perseguição e adversidades. Como cristão somos chamados a servir aos outros, especialmente aos mais necessitados. A resposta do povo se unindo a Mardoqueu oferecem lições valiosas sobre fé, intercessão, liderança e a natureza do sofrimento humano. Não podemos esquecer que Deus estava agindo em toda essa situação, no sentido de tirar Hamã do caminho, pois com ele no caminho seria sempre um perseguidor do povo judeu. Podemos estar bem certos de que Deus executará seus planos, conosco se nos dispormos a Ele, não importando qual seja; se não, sem nós, Ele fará, mas é certo que sofreremos perdas.

 

Pastor Adilson Guilhermel