LIÇÃO 5 - O CASAMENTO É PARA SEMPRE
Texto Áureo: “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.” (Mt 19.6)
Leitura Bíblica em Classe: Mateus 5.27-32
Introdução: Neste ensino de Jesus está em tela dois mandamentos da lei, que são: Não Adulterarás (sétimo) e Não Cobiçarás (décimo). O mandamento não adulterarás tem dois significados, ou seja, adultério no sentido sexual e adultério no sentido espiritual. No sentido sexual, os judeus amparados por um entendimento dúbio em relação à lei de Moisés, por qualquer motivo pediam carta de divórcio, para ficarem livres e se casarem com outra mulher. Isso acontecia muito com os judeus conhecidos como caixeiros viajantes, quando iam para lugares longínquos, abandonavam as suas mulheres se divorciando delas, e assim entendendo eles estariam livres para se casarem novamente nos lugares em que se estabeleciam. Nessa manobra intencional de burlar a lei e agindo com frivolidade, deixavam a suas mulheres totalmente ao desamparo. Como essa manobra que eles faziam para se divorciar era feita com dolo, acabavam entrando no pecado de adultério. Já o adultério espiritual envolve a questão muita praticada e repreendida pelo Senhor, quando eles se inclinavam para as divindades pagãs para cultuá-las e admirá-las, o que era algo abominável diante de Deus. Agora aqui nesses ensinos de Jesus, Ele está focando o adultério sexual, ou seja, a traição de um cônjuge que se envolve com outra pessoa, e assim profanam o casamento, que é uma instituição divina.
1. A ÚNICA JUSTIÇA ACEITÁVEL DE DEUS É MANTER A PUREZA DE CORAÇÃO.
Mateus 5.27 – Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Mateus 5.28 – Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.
Esta é uma forte advertência dada por Jesus em relação a fidelidade no casamento, fidelidade esta, que era muito desrespeitada entre os cônjuges judeus. Tanto o adultério, como o cobiçar a mulher do próximo, não poderia ser algo comum entre os judeus, mesmo porque, eles estavam debaixo da lei e o seu descumprimento era extremamente grave. Os gentios tinham esta prática, porém diferentemente dos judeus, eles não estavam debaixo de leis; agora, quanto aos judeus sim, pois eles por estarem debaixo da lei, era um ato considerado pecado. Esta advertência dada por Jesus, neste período contemporâneo, não ficou só para aquele período, pois é uma advertência que se estendeu mais rigorosamente para os cristãos que comporiam o seu corpo, que no caso é a sua igreja. Como igreja somos o templo do Espírito Santo e a santidade não está somente em atos exteriorizados, mas também em atos interiorizados, que envolvem nesse caso, o próprio pensamento envolto na concupiscência da carne. A cobiça sexual por alguém, a qual pode envolver tanto o homem como a mulher, mesmo que esse desejo seja por pensamento, já é considerado adultério. Deus criou o sexo e deu-o como uma bênção para que o casal desfrunte-o somente dentro dos limites do casamento.
2. JESUS MOSTRA CAMINHO PARA A LIBERTAÇÃO DO PECADO DE CORAÇÃO.
Mateus 5.29 – Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. Mateus 5.30 – E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo seja lançado no inferno.
Não há dúvidas de que Jesus não está falando no sentido literal na questão da tentação e como evitá-la. O que devemos entender sobre esta lição de Jesus nesse assunto é estarmos dispostos a nos desfazer até mesmo das coisas mais queridas que possuímos, se for para ajudar-nos a proteger-nos de toda aparência do mal. Jamais se pode sequer pensar que Jesus está induzindo alguém a praticar um gesto de mutilação para se livrar do mal, pois a mutilação não vai purificar o coração de ninguém. Aqui a intenção de Jesus com essa palavra forte é para que as pessoas façam um rompimento dos impulsos pecaminosos quando estiverem sendo tentados ao ponto de ceder. É importante lembrar que seres malignos sempre estão agindo em derredor e quando eles percebem que o crente está com concupiscência por alguém, eles entram em ação para lançar pensamentos de incentivos para o indivíduo caia nela. Paulo disse: eu esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que depois de ter pregado a outro, eu mesmo não venha a ser desqualificado.
3. DEUS CRIOU O CASAMENTO E CASTIGARÁ QUANDO SUA LEI É VIOLADA.
Mateus 5.31 – Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de desquite. Mateus 5.32 – Eu, porém , vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
Na questão do adultério o pecado que o envolve é tanto o do coração, como o do corpo; para isso é necessário, tanto o controle dos pensamentos e desejos interiores. Olhar para uma mulher com concupiscência que é o desejo de praticar algo lascivo, já é cometer adultério no coração. É possível admirar a beleza de uma mulher, mas sem pecar. No caso do divórcio que os judeus praticavam a revelia descaradamente se escorando numa lei de Moisés, que era mal interpretada por eles. Na lei de Moisés ele não ordenava o divórcio, apenas o permitia desde que houvesse um motivo justo para isso, e estava sendo ignorado por eles. Jesus corrigiu essa prática já adotada pelos judeus, de divorciarem sem um motivo justo, colocando uma ordem em que a carta de divórcio só poderia ser dada em caso de adultério. A situação do divórcio no caso do cristão quando os dois de comum acordo resolvem se divorciar implica em sérios problemas a qual descrevo assim: estando os dois divorciados sem que tenha sido por adultério, ambos não podem se casar novamente com outra pessoa, isto porque, a separação foi contra a ordem do Senhor Jesus, que diz; divórcio só por adultério. Nesse caso perante a lei dos homens o divórcio é legal e estariam livres para se casarem novamente, mas perante Deus, o divórcio e ilegal e o casamento continua em vigor. Sendo assim, se um ou o outro, se casarem novamente ficarão na condição de adúlteros de acordo com a palavra de Deus e desta forma em pecado. Se somente um dos que se divorciaram, tanto o homem como a mulher se casar novamente, já está em pecado de adultério, e se ela, ou ele que tenha entrado por esse caminho vier a se divorciar, não poderá voltar ao primeiro por causa do adultério provocado no seu segundo casamento. Agora a pessoa que se casou com o divorciado, também entra na situação de adultério. Quanto a parte divorciada que se preservou de um novo casamento vem a saber que a outra parte se casou e consequentemente entrou em adultério, este a partir daí, esta livre para se casar novamente. Outra situação é caso uma das partes venha a falecer, quem ficou viúvo ou viúva, também está livre para um novo casamento. Tem muitos no meio evangélico, e mais grave, líderes se divorciando até mesmo sem motivo e sem temor e tremor acabando entrando por esse caminho e continuam no seu ofício, como se nada de grave tivessem praticado. A instituição primitiva do casamento é que os dois serão uma única carne, até que a morte os separe. O casamento é uma união estabelecida pelo próprio Deus, sendo uma instituição dele próprio. O casamento é um vínculo indissolúvel, enquanto estão vivos. O Senhor criou o sexo primeiramente para procriação, mas deixou a questão sexual para o prazer de ambos que é importante para a solidificação dessa unidade, na qual, tanto o homem, como a mulher não podem se privarem um do outro.
Elaborado exclusivamente pelo texto bíblico da lição.
Pastor Adilson Guilhermel
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