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LIÇÃO 04 - O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ

LIÇÃO 04 - O ENCONTRO DE RUTE COM BOAZ

Texto Áureo: “O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.” (Rt 2.12)

Leitura Bíblica em Classe: Rute 2.1-4; 11, 12 -14

Introdução: Rute e Noemi chegaram a Belém no começo do dia da páscoa e naquele dia os segadores começaram a colher os molhos, provavelmente de cevada, e foi num dos campos de colheita pertencente a Boaz onde Rute ficou respingando os grãos. E foi justamente nesse campo que figurativamente, um palco foi armado, para o início de uma linda história de amor entre Boaz e Rute. Rute agora em Israel era agora uma mulher convertida à fé dos hebreus, o que era uma parte necessária do desdobramento dos propósitos divinos que nela estava operando.

1. A APRESENTAÇÃO DO PARENTE INFLUENTE

Rute 2.1 – E tinha Noemi um parente de seu marido, homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque; e era o seu nome Boaz.

Noemi e o seu parente de sangue chamado Boaz, homem de grande influência e abastado agricultor, o escolhido por Deus para dar sequência a uma genealogia de grande relevância. Esse homem era o único que tinha a capacidade de redimir, o que o tornava um tipo de Cristo, o Redentor. Segundo a lei do Levirato, determinava que um irmão casasse com a viúva de seu irmão falecido para preservar o nome da família e a herança. No caso aqui, era Noemi que deveria ser redimida por Boaz, no entanto, ela passou o seu direito para Rute, que por sua vez, é um tipo da Igreja, a redimida por Cristo.  

2. A DISPOSIÇÃO DE UMA MULHER VALOROSA

Rute 2.2 – E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela lhe disse: Vai, minha filha.

Rute foi uma mulher determinada a enfrentar qualquer tipo de situação, mesmo com o que parecia ser uma humilhação de respingar na colheita de cereais, ela se predispôs com firmeza. Poderia se quisesse voltar para os seus familiares em Moabe e não passar por isso, mas o coração de Rute estava voltado para a sua sogra Noemi e principalmente ao Deus de Israel. Rute se dispôs ir atrás de um segador, alguém a qual ela achasse graça, ou seja, como viúva seria uma dádiva para ela conseguir um marido. Vemos que ela iria escolher alguém, mas por predestinação divina, ela não precisou ir escolher um segador, pois o dono da sega, Boaz é o que a escolheu. Não fomos nós que o escolhemos, mas sim, o Senhor que nos escolheu.

 

3. O LOCAL PREDESTINADO PELO SENHOR

Rute 2.3 – Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da geração de Elimeleque.

Aqui vemos que tudo estava predestinado pelo Senhor, pois até mesmo o local em que Rute respingou estava situado numa parte do campo de propriedade de Boaz. Ela foi, pois, e chegou ao campo, como se entende que foi um evento providencial guiado por Deus. O campo de Boaz era a terra do parente do falecido marido de Noemi, o que faz conexão reforçando a ligação familiar.

4. O PERSONAGEM PRINCIPAL ENTRA EM CENA.

Rute 2.4 – E eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O Senhor seja convosco. E disseram-lhe eles: O Senhor te abençoe.

Boaz entra em cena como o personagem principal, primeiramente mostrando uma atenção e cordialidade com os seus empregados, incluindo Deus em sua saudação a eles. Em resposta cordial dos seus empregados, eles respondem com uma saudação desejando-lhe prosperidade. A iniciativa de Rute, sem saber o que lhe reservava o seu futuro, nos mostra a providência divina e a chegada de Boaz, revelando a preparação para um encontro significativo e profundo. Esse encontro proporcionaria boas consequências na vida de ambos nos propósitos de Deus.

6. O HISTÓRICO DAS AÇÕES ELOGIAVEIS DE RUTE

Rute 2.11 – E respondeu Boaz e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que, dantes, não conheceste.

Boaz já tinha todo um histórico da vida de Rute, que era extremamente elogiável, revelando o bem que ela fez e, estava fazendo a sua sogra Noemi. O cuidado e amor que tinha pela sogra não era em hipótese alguma movida por interesse, mesmo porque as duas estavam em situação de pobreza extrema. A saída de Rute da sua terra deixando os seus pais, também é mencionada por Boaz e, essa escolha de seguir com Noemi para um lugar que não conhecia, vem revelar que era uma mulher de fé mesmo antes de se converter ao Senhor.

7. RUTE É ABENÇOADA E RETRIBUI ABENÇOANDO

Rute 2.12 – O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas as os te vieste abrigar.

Rute com todo o seu esforço e determinação começou a colher os resultados de tudo que havia semeado e os horizontes começaram a se abrir diante dela. Ela havia praticado boas obras e, estava colhendo recompensas, as quais consistia no tratamento diferenciado que Boaz lhe dispensava. Havia uma força divina diferenciadora em quem Rute havia chegado a confiar, pois agora era uma prosélita, ou seja, uma gentia convertida ao Deus de Israel. Como uma mulher de Deus, ela deseja que Boaz seja recompensado com vida plena e abundante, conforme a justiça e o favor de Deus. Reconhece que Boaz se tornou um refúgio para ela, alguém que a protegeu e acolheu, como uma ave que busca abrigo debaixo das asas da sua mãe.

8. O CUIDADO DE DEUS COM RUTE ATRAVÉZ DE BOAZ

Rute 2.14 – E, sendo já hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu do trigo tostado, e comeu e se fartou, e ainda lhe sobejou.

O interesse de Boaz por Rute começa a se intensificar, ao convidá-la para uma refeição formal em sua casa. Rute era agora uma convidada especial, certamente com muitos olhos de desconfiança fixados nela. Aqui vemos um ato de bondade e hospitalidade da parte de Boaz, ao convidar Rute para participar da sua mesa. O momento da refeição, tanto para ele, como para os seus trabalhadores, onde se percebe que Rute, que havia trabalhado arduamente, é convidada para participar e compartilhar da sua refeição. Uma oferta simples, mas reconhecendo Rute como uma igual, apesar da sua posição inferior, pelo fato de ser uma estrangeira. Rute aceitou o convite de Boaz demonstrando gratidão e se assentou ao lado dos segadores se colocando em uma posição de igualdade com eles. Rute pode se alimentar sem qualquer restrição, com liberdade de comer até se fartar. Vemos Deus cuidando de Rute através da bondade de Boaz, o que levaria ao início de um relacionamento mais profundo, segundo o curso do que havia planejado para os dois.

 

Pastor Adilson Guilhermel