LIÇÃO 07 - EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA
Texto Áureo: João 11.25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.
Leitura Bíblica em Classe: João 11.14,15,17-21,23-27
Introdução: A enfermidade, mesmo quando entra em lares piedosos, como o de Marta, Maria e Lázaro, não é sinal de ausência de Deus, mas pode ser parte do seu plano maior. O fato de Jesus permitir que a doença chegasse a essa casa tão amada evidencia que mesmo os que o adoram com sinceridade não estão isentos das dores da vida. Porém, essas dores são, muitas vezes, o cenário ideal para a manifestação gloriosa do poder divino.
Jesus não agiu com pressa ao receber a notícia da enfermidade de Lázaro, não por descaso, mas por amor. Sua demora não foi desatenção, mas intencional: ele permitiu que o pior acontecesse — a morte de Lázaro — para que, no tempo certo, algo ainda maior fosse revelado. A paciência dolorosa das irmãs foi o palco onde o Filho de Deus seria glorificado de maneira extraordinária.
Deus é glorificado tanto quando nos sustenta em nossas enfermidades, dando-nos paciência e firmeza pelo Espírito, quanto quando nos liberta de forma milagrosa. Em ambas as situações, seu poder é manifesto. O milagre de Lázaro é, portanto, mais do que uma restauração física — é uma revelação do caráter amoroso, soberano e salvador de Cristo.
1. O PROPÓSITO DE JESUS NO SOFRIMENTO.
João 11.14 Então pois, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto; João 11.15 E folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele., João 11.17 Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura. João 11.18 (Ora Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.) João 11.19 E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.
A confusão espiritual nasce da ausência de luz. Quando andamos à luz da presença de Deus, mesmo os caminhos difíceis se tornam compreensíveis — não porque temos todas as respostas, mas porque confiamos em quem conduz. Jesus, ao decidir ir até Betânia, sabia exatamente o que estava fazendo. Seu coração estava sintonizado com a vontade do Pai, e sua missão, protegida pelo tempo perfeito de Deus.
Quando o coração está banhado pela luz divina, ele discerne o caminho, ainda que seja por vales escuros. Jesus não hesitou diante do perigo nem se deixou guiar pelo medo. Ele sabia que o tempo das trevas ainda não havia chegado — e quem anda com Deus sabe quando esperar e quando avançar.
2. A CONFIANÇA QUE DISSIPA A CONFUSÃO.
João 11.20 Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa. João 11.21 Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido., João 11.23 Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. João 11.24 Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.
É fascinante observar a confiança de Jesus em relação ao tempo. Ele sabia que precisava ir a Betânia, mas não se apressou por medo, pois reconhecia que ainda não era o momento das trevas prevalecerem. Essa percepção do tempo divino nos ensina sobre a importância da paciência e da confiança no plano maior.
Devemos entender que a morte é apenas uma sombra desde a vinda de Jesus que é libertadora. A comparação com o sono suaviza a sua imagem e retira o medo paralisante que muitas vezes a acompanha. Essa nova perspectiva nos permite viver com mais ousadia e menos apreensão.
A decisão de Jesus de não estar presente imediatamente ao lado de Lázaro, embora pudesse parecer fria aos olhos humanos, é revelada como uma oportunidade para um milagre que fortaleceria a fé. Isso nos lembra que, às vezes, o que percebemos como ausência ou demora de Deus pode, na verdade, ser parte de um plano maior para manifestar o Seu poder de maneiras surpreendentes e transformadoras.
Jesus compara a morte ao sono — não por minimizar a dor, mas para revelar sua autoridade sobre ela. Desde que Cristo entrou no mundo, a morte se tornou apenas uma sombra do que era. Para o cristão, a morte não é o fim, mas o portal da vida eterna. E isso transforma completamente nossa perspectiva diante das perdas.
"Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou despertá-lo." (v.11)
Para Jesus, o túmulo não era obstáculo, mas oportunidade.
Se Jesus estivesse presente na hora da enfermidade, seu coração compassivo teria atendido imediatamente às irmãs. Mas sua ausência temporária preparou o caminho para um milagre maior — não apenas para consolar, mas para gerar fé em muitos.
Deus nem sempre responde de imediato porque está construindo algo maior do que pedimos: fé duradoura, testemunho eterno e glória revelada.
3. O DEUS QUE SEMPRE CHEGA E SURPRENDE.
João 11.25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; João 11.26 E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca irá morrer. Crês tu isto? João 11.27 Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.
Deus que sempre chega no tempo certo — mesmo quando parece atrasado — e surpreende com vida onde só havia morte.
Jesus está falando com Marta, irmã de Lázaro, que havia morrido. Ela esperava que Jesus tivesse vindo antes, enquanto ainda havia esperança humana. Mas Jesus revela algo maior: Ele não é apenas alguém que cura; Ele é a própria ressurreição e a vida.
As palavras de Jesus são inspiradoras e cheias de esperança! A certeza de que Jesus, mesmo tardando, finalmente chega e age de maneira que superam nossas expectativas é um bálsamo para a alma.
A imagem de Jesus usando as "trevas do túmulo como pano de fundo para projeção da glória da ressurreição" é poderosa. Ela ilustra como Deus pode transformar as situações mais sombrias em oportunidades para manifestar o Seu poder e a Sua luz. A analogia das lágrimas transformadas em joias pelo sol, assim como o orvalho, é belíssima e nos lembra da capacidade divina de transformar a dor em algo precioso.
A perspectiva futura, onde Lázaro e suas irmãs não desejariam que a situação tivesse sido diferente, e a nossa própria revisão da vida a partir da glória celestial com brados de "Amém, Aleluia", nos enche de antecipação e confiança no plano divino. Isso nos ajuda a relativizar as dificuldades presentes, sabendo que elas fazem parte de um propósito maior que culminará em louvor e gratidão.
E a promessa de vida, seja pela ressurreição após a morte ou pela transformação instantânea na Sua vinda, sela a nossa esperança em um futuro glorioso ao lado de Cristo. Essa certeza nos fortalece para enfrentar o presente com fé e perseverança.
Pastor Adilson Guilhermel
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